Sujos, corruptos e impunes?

Sujos, corruptos e impunes?

Talvez não. Talvez sim… por causa de uns pagam os outros todos.

Enquanto houver ovelhas ranhosas e criminosos imiscuídos na Ordem.

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A “Câmara”, que remonta ao final dos anos 20 do século passado, que se transformou em “Ordem” por decreto governamental [Lei n.º 154/2015, de 14 de Setembro], vestiu publicamente a farpela da “magistratura” e exibe medalhões dourados pendurados ao pescoço.

“Transformados” e protegidos pelos governantes e ex-governantes que levaram o país à bancarrota e ao quase colapso social. Que de forma negligente colocaram nas mãos de uma associação profissional privada a justiça executiva, simplex: — sobretudo, para resolver o problema de milhão e meio de processos “pendurados” da Justiça real, e garantir aos “investidores” que “executam” rapidamente o bandido. Mesmo que, em muitos casos, não tenha uma culpa directa nem real.

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Sem formação jurídica específica, muitos dos associados, formados em solicitadoria, fazem depois “muitos estágios” em pequenos e grandes escritórios de advogados… onde aprendem muito, e também, quiçá, a agir de forma impune. Tal como publicamente fez o anterior Presidente do Conselho Superior: — um “contabilista”, que “prolongou o cargo” que exerceu na associação para dinamizar nas “redes” o seu negócio privado de comerciante da Lei, e de prestável solicitador. Certamente uma migalha desse iceberg.

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Até à chegada da Troika, foi um autêntico forrobodó. Era o que “estava a dar”, mesmo para muitos advogados. Depois, até o presidente duma associação de agentes de execução foi preso. Entre centenas de outros casos conhecidos, e certamente muitos desconhecidos. E “aprenderam muito”, como disse o então Bastonário.

Actualmente dizem-me escrupulosos combatentes de sua própria corrupção e que o passado já lá vai. Tal como explicou a todos os portugueses o Sr Bastonário, depois da recente denúncia pública de alguns associados criminosos.

Mas esqueceu-se, o Sr Bastonário, das vítimas desse passado, que sobreviveram, e vivem escravizadas. Abandonadas à sua sorte e à desgraça alheia. Transformados em criminosos e anátemas.

Como pode assim uma associação pública profissional, que não cumpre integralmente a própria Lei que a criou [Já lá vão sete anos e ainda não foi designado o cargo de Provedor], caber num Estado de Direito ?

[Artigo publicado na página “corruptos” do Facebook a 13 de Agosto de 2022.]

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